Não existe um ‘caminho único e verdadeiro’
Ao conversar com meus amigos mencionados acima, nos aprofundamos no motivo pelo qual eles se comprometeram com uma nuvem, mas ainda usavam principalmente a outra, e por que sua decisão “all in” sobre a nuvem ainda os faz usar muitos data centers privados. O compromisso da empresa com o Azure não diminuiu o ritmo de adoção da AWS. Em parte por causa da tecnologia: os desenvolvedores dentro da empresa precisavam dos serviços fornecidos pela AWS, então, mesmo investindo no Azure para algumas cargas de trabalho, eles continuaram gastando na AWS para outras. Em parte por causa das pessoas: esses mesmos desenvolvedores estavam mais familiarizados com os serviços da AWS e, portanto, continuaram a construir com ela.
Quanto ao uso da nuvem privada, parte da justificativa é puramente um cálculo de custo. Para algumas cargas de trabalho, é mais barato executar no local. “A nuvem não é mais barata. Isso é um mito”, um dos executivos de TI me disse, embora reconhecesse que o custo não era o principal motivo para adotar a nuvem de qualquer maneira. Tenho observado isso há mais de uma década. A conveniência, não o custo, tende a impulsionar os gastos com a nuvem — e leva a uma grande expansão da nuvem, como a Osterman Research descobriu.
Não é de se espantar que, mesmo com a AWS atingindo uma taxa de execução anual de US$ 100 bilhões e aparentemente todos adotando a computação em nuvem, a nuvem continua relativamente pequena em comparação aos gastos com TI no local. A Gartner, por exemplo, espera que os gastos globais com TI cheguem a US$ 5,26 trilhões este ano, com os gastos com nuvem pública respondendo por apenas 12,9% disso (US$ 679 bilhões). É verdade que os gastos com nuvem pública estão crescendo muito mais rápido do que o mercado geral de TI (20,4% versus 7,5%), e a tendência de longo prazo é em direção à nuvem, mas o ponto é que isso vai levar muito, muito tempo.