Em 2010, fui demitido. Eu merecia isso. Eu não estava errado, mas mereci. E acho que há uma lição interessante nessa dicotomia.

Eu estava gerenciando uma equipe de desenvolvedores em uma empresa que já foi grande do Vale do Silício que havia caído do seu pico. A equipe de desenvolvimento era muito boa – elite, até. Nosso produto era uma ferramenta de desenvolvimento de software outrora popular, mas desbotada. Nossa equipe de gerenciamento – chamamos de “a equipe principal” – era de um grande grupo. Gostei do trabalho.

O produto era monolítico – uma instalação única e grande que precisava ser construída e implantada de uma só vez. Enviamos cerca de uma vez por ano, e todo o desenvolvimento foi voltado para a construção de novos recursos e corrigindo bugs que culminariam naquele grande lançamento anual. Sendo uma ferramenta de desenvolvimento, tinha muitos componentes complexos, incluindo um compilador, uma biblioteca de tempo de execução, uma estrutura visual e um IDE. Reunir tudo e construído não foi feito.